Para muitas pessoas, de diferentes idades, gêneros e grupos sociais, fazer um intercâmbio é um sonho cultivado desde a infância. Conhecer de perto as paisagens e a cultura de um país estrangeiro, viver as experiências de morar por um período no exterior, aprender uma nova língua, tudo isso causa fascínio, e não é por acaso. Realmente, o intercâmbio é uma oportunidade única de crescermos como pessoa. E quanto ao lado profissional? O mercado de trabalho realmente valoriza as pessoas que possuem esse tipo de experiência no currículo ou isso não passa de um mito?
Uma coisa é fato: o intercâmbio é, cada vez mais, uma realidade para o público brasileiro. Mesmo o momento de crise econômica que o País vive em 2015 não é suficiente para frear esse nicho de mercado, que cresce cerca de 10% a 15% a cada ano. Segundo dados da Belta – agência que reúne as principais instituições brasileiras que trabalham nas áreas de cursos, estágios e intercâmbio no exterior -, nos últimos 10 anos o mercado de educação internacional e de intercâmbio no Brasil cresceu 600%. Em 2003, o número de brasileiros que realizaram algum curso no exterior não passou de 34 mil e, 10 anos depois, chegou a 202 mil. Em 2014, esse número saltou para aproximadamente 240 mil estudantes brasileiros fazendo cursos fora do País.
Esses dados são sintomáticos. Mesmo em um momento de “apertar os cintos” e de conter gastos, os brasileiros enxergam o intercâmbio como um investimento na carreira e uma oportunidade de melhorar de vida e de se diferenciar. Além dos motivos óbvios, como o aprendizado de uma língua estrangeira e da vivência com outras culturas, esse período de estudo – e muitas vezes trabalho, porque não? – no exterior realmente nos faz voltar diferentes e mais preparados para enfrentar o duro mercado de trabalho.
Gosto de listar cinco motivos que ilustram a importância do intercâmbio e o quanto ele pode nos fazer diferentes:
- você experimenta uma cultura diferente, tendo uma visão muito maior de mundo e abrindo sua mente para tudo que é novo;
- você realmente ganha uma segunda língua, pois um curso feito no Brasil não se compara com a prática do dia a dia em um país estrangeiro;
- você se torna mais independente, aprendendo a lidar com os problemas de forma mais segura e prática;
- você cria um amplo networking, com contatos que você levará para o resto da vida;
- e por último, trata-se de um investimento garantido, pois o que o estudante recebe em troca em uma experiência dessas é muito maior que o valor investido.
Cristiano Simões
Sócio-diretor da S7 Intercâmbio